A ciência prova: sexo faz bem para a saúde sim! A prática tem o poder de elevar a autoestima, aumentar a satisfação emocional e a qualidade de vida, além de fortalecer a união de um casal.
É nessa hora que nos perguntamos como um exercício tão ligado ao prazer carnal pode causar benefícios à saúde. A resposta é simples: o orgasmo está associado a descargas elétricas da região septal, no cérebro. Essa região, se estimulada, está associada a sensações de amor e afeição, e a redução de raiva e irritabilidade.
Além disso, o orgasmo aciona picos de ocitocina, que duram até cinco minutos na corrente sanguínea. Esse hormônio, liberado também na amamentação, é conhecido por promover o vínculo mãe-bebê, e por isso chamado também de hormônio da ligação, da formação do elo. No sexo, por sua forte liberação, fortalece o vínculo com o parceiro.
Quer mais razões para manter uma vida sexualmente ativa? Durante a relação sexual, como em um exercício físico moderado, há um aumento temporário do trabalho cardíaco e da pressão arterial. Isso quer dizer que a prática ajuda na proteção cardiovascular.
Durante o sexo, o corpo fabrica uma porção de substâncias, entre hormônios e neurotransmissores. Uma delas é a endorfina, a mesma que o corpo produz quando praticamos um exercício físico por alguns minutos. Essa molécula, capaz de aliviar as sensações dolorosas, é descarregada para valer no ápice da relação, orgasmo, fazendo do sexo um remédio contra a dor.
O sexo também é um aliado no fortalecimento dos músculos e na queima de gordura, sendo possível perder de 100 a 300 calorias durante a relação, dependendo de sua intensidade. Além disso, de acordo com pesquisas recentes, fazer sexo uma ou duas vezes por semana pode ajudar a reforçar o sistema imunológico.
Ter relações sexuais frequentes também ajuda você e sua parceira a aumentar a autoestima, combater o estresse e ter uma noite mais tranquila de sono. Ou seja, os benefícios para a saúde que o sexo proporciona são inúmeros.
Quando é que o sexo deixa de ser saudável?
Pode ser difícil de acreditar, mas quando o sexo vira o centro da vida, ele pode começar a deixar de ser uma prática saudável. Isso porque, se desejado em excesso, pode atrapalhar as áreas familiar, afetiva, profissional e social, já que o saudável é sempre manter um equilíbrio. Pessoas com desejo sexual hiperativo sofrem pois não se saciam mesmo com uma alta frequência de sexo e orgasmo. Nesse caso, terapeutas sexuais podem receitar uma medicação para o desequilíbrio químico.
O contrário também acontece. A disfunção do desejo sexual hipoativo – a baixa libido – é mais comum em mulheres, mas os homens também podem ter falta de apetite sexual. Terapia, na linha cognitiva comportamental, pode ajudar.
Existem também as disfunções sexuais específicas, quando uma fase da resposta sexual não funciona adequadamente. Dor, ejaculação precoce, falta de ereção, orgasmo ou lubrificação são exemplos. Essas disfunções podem ser tratadas, na maioria dos pacientes, até a meia-idade por terapeutas sexuais. Depois disso, os homens, por apresentarem mais problemas orgânicos, devem consultar também com urologista.
Sexo: Os brasileiros estão satisfeitos?
Embora muitas pesquisas indiquem que os brasileiros estão bem resolvidos quando o assunto é sexo, nos consultórios essa realidade é bem diferente. No geral, a população está – sim – insatisfeita.
Isso acontece pela associação de sexo com virilidade, poder, força e saúde. Quem não está bem sexualmente está também fraco em todos os outros aspectos. Isso fere o perfil dos brasileiros, preferindo então optar pelo péssimo hábito de mentir, ocultar e de sempre querer mostrar que são os melhores.
Falar sobre sexo ainda é tabu. Por que?
Os valores interiores das pessoas não mudam tão rapidamente como os valores exteriores, isto é, as mensagens que as pessoas têm hoje, no século 21, vem de milênios, através de gerações a gerações. É absolutamente impossível mudar estes valores internos na mesma velocidade que mudam a moda, os estilos de vida, e outros fatores. A mudança sexual ocorreu no plano consciente. No plano inconsciente, as transformações ainda estão ocorrendo. Pode-se dizer que as pessoas estão liberadas apenas na “máscara”, na representação; enquanto seu “interior” ainda continua sendo colonial.
As mulheres estão evoluindo sexualmente no sentido de ter consciência do direito de usufruir prazer e bem-estar no sexo. Por isso conquistaram maior liberdade e independência sexual. Hoje, as mulheres, de modo geral, são informadas sobre as práticas sexuais. Por isso podem exercê-las de forma mais tranquila. Elas não aceitam tão facilmente todos os mecanismos de repressão sexual que vem da própria família, da religião, da escola e do grupo social.
Independência financeira, familiar e até mesmo afetiva, em constante processo, têm colaborado para uma melhor busca e performance sexual das mulheres.
Por que o homem ainda se sente mais à vontade do que a mulher para falar sobre sexo? A repressão feminina é histórica, vindo através de séculos e séculos. De qualquer forma, as mulheres têm avançado muito na discussão de assuntos sexuais, principalmente quando a discussão ocorre com maior profundidade e maior seriedade. Os homens continuam ainda superficiais, embora grande parte também tenha procurado desenvolver-se abordando questões sexuais com maior conhecimento e seriedade.
Para um relacionamento mais saudável e duradouro, é fundamental manter um canal de diálogo aberto com a sua parceira, e isso também envolve falar sobre sexo abertamente, fazendo com que esse assunto deixe de ser um tabu. Afinal, como você já sabe, a prática sexual traz inúmeros benefícios à saúde, tanto sua quanto de sua parceira.
Também é sempre válido reforçar a dica: consulte um médico ao sinal de qualquer sintoma ou problema na hora H.
A saúde sexual faz parte da saúde geral e por isso a avaliação de um especialista é fundamental.
Um abraço e até a próxima!
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