A depressão é uma doença muito mais comum do que pensamos, cerca de uma a cada cinco pessoas são afetadas com este problema ao longo da sua vida.
A depressão caracteriza-se por sentimentos de cansaço, falta de esperança, baixa auto-estima, insônia e dor física. As consequências da depressão podem interferir na vida da pessoa em diversos aspectos, em sua vida pessoal, sexual e profissional. A falta de tratamento desta doença pode ter consequências graves e levar em última instância ao suicídio.
Relação entre a falta de desejo e a depressão
Ao afetar vários aspectos da vida cotidiana, a depressão também afeta a vida amorosa e a vida sexual. A sensação de não conseguir levar uma rotina normal, causa muitas vezes o distanciamento entre parceiros, levando a pessoa com depressão a sentir-se pouco desejada e amada.
Estudos mostram que duas em cada três pessoas com depressão perdem o interesse pelo sexo, sendo este um resultado de desequilíbrios químicos no cérebro, que podem ser acompanhados por falta de energia, ganho de peso de perturbações do sono.
Por outro lado, a falta de desejo pode ser provocada por medicamentos antidepressivos, ou seja, estes medicamentos podem afetar a resposta sexual e a excitação. Portanto é importante avaliar o impacto destes medicamentos na vida sexual de cada paciente, de forma a proceder a alterações na terapêutica, se for caso disso.
As principais consequências da depressão na vida sexual incluem:
- Nos homens, a falta de motivação e o cansaço podem ser associados à falta de libido e a problemas de ereção.
- Nas mulheres, a falta de atividade cerebral tende a ser associada ao baixo interesse pelo sexo e muito frequentemente à dificuldade em atingir o orgasmo.
O cérebro é um órgão altamente sensível, sendo neste órgão que a estimulação sexual começa. A depressão influencia os neurotransmissores responsáveis pelo desejo sexual, causando desequilíbrios na resposta ao estímulo sexual.
Como tratar os problemas sexuais e a depressão?
É primordial que a depressão seja tratada primeiramente, uma vez que a medida que esta condição é normalizada, o desejo sexual é recuperado. Existem também métodos para contornar os efeitos secundários dos medicamentos antidepressivos na sua vida sexual, sem comprometer o tratamento. Discutir este assunto com o seu médico é fundamental, uma vida sexual saudável é importante para o bem estar pessoal e pode ajudar a encarar a depressão de maneira mais positiva.
Fique atento, outros problemas de saúde como a diabetes, a esclerose múltipla e a hipertensão arterial, podem influenciar a sua vida sexual. Bem como o consumo de álcool, drogas e cigarro. Falar abertamente com sua parceira (o) e o seu médico sobre os seus problemas sexuais é o principal passo para uma vida sexual saudável.