Quando o assunto é impotência o assunto já é temido pelos homens, e quando falamos de falta de desejo sexual o pesadelo acaba sendo ainda maior. A perda de libido pode estar associada a diversos problemas e, muitas vezes, acaba sendo confundida apenas com problemas conjugais.
O chamado desejo hipoativo, quase sempre abordado a partir da perspectiva feminina, é muito comum entre os homens. No entanto, o assunto gera desconforto e ainda é tratado como tabu pelo público masculino.
O Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) é uma disfunção sexual caracterizada pela deficiência ou a ausência persistente ou recorrente de desejo ou fantasia sexual para a atividade sexual conduzindo a acentuado sofrimento e dificuldades interpessoais. Esta disfunção sexual pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres.
Prevalência da falta de desejo por idade
- 5,8% para mulheres e 2,4% para homens, entre 18 e 25 anos;
- 5,8% para mulheres e 1,5% para homens, entre 26 e 40 anos;
- 8,6% para mulheres e 1,8% para homens, entre 41 e 50 anos;
- 15,2% para mulheres e 2,2% para homens, entre 51 e 60 anos;
- 19,9% para mulheres e 4,8% para homens, acima dos 60 anos.
Tratar o TDSH (Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo) é um desafio, visto que sua etiologia ou causa é muito variada.
Fatores que contribuem para a falta de desejo
- Fatores biológicos: desequilíbrios hormonais, medicamentos e seus efeitos colaterais e doenças crônicas.
- Fatores do desenvolvimento: ausência de educação ou permissão sexual, infância e adolescência marcadas pela privação emocional, física, verbal ou afetiva.
- Fatores psicológicos: ansiedade, depressão, transtornos de apego e da personalidade.
- Fatores interpessoais: conflitos, insultos, perdas no relacionamento e incompetência ou disfunção sexual do parceiro.
- Fatores culturais: questões morais e crenças religiosas ou culturais relativas à conduta sexual apropriada.
- Fatores contextuais: aspectos ambientais, como privacidade, segurança e conforto.
Tratamento TDSH (Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo)
Segundo especialistas, essa alteração da sexualidade é uma das disfunções mais difíceis de serem tratadas e, por isso, deve-se buscar ajuda com profissionais qualificados. Na maioria das vezes, são causadas devido a problemas psicossociais, muito mais que patologias orgânicas. É importante investigar se o casal está vivenciando uma crise de hostilidades ou de outros tipos (econômica, familiar), o transtorno pode ser passageiro.
O exame físico feito é importante, bem como a avaliação laboratorial, a qual deve ser feita de acordo com a história e os achados do exame físico, podendo então ser descartada uma causa orgânica.