Um grupo de pesquisadores internacionais analisou 145 estudos publicados envolvendo mais de 88.000 homens e chegou a algumas conclusões que podem pertubadoras:
• Mais da metade dos homens com diabetes tiveram problemas para conseguir ou manter ereções.
• A prevalência foi maior entre aqueles com diabetes tipo 2 – 66% desses homens tinham disfunção erétil.
• Homens com diabetes eram três vezes e meia mais propensos a desenvolver disfunção erétil do que homens sem diabetes.
• Eram mais propensos a desenvolvê-la 10 a 15 anos antes do que homens saudáveis. • O diabetes é um dos principais fatores de risco para a disfunção erétil.
Como a disfunção erétil é causada pelo diabetes?
As ereções começam no cérebro. O desejo alimentado testosterona desencadeia impulsos que viajam medula espinhal os nervos do pênis, a liberação de óxido nítrico.
O óxido nítrico, , relaxa os músculos lisos das artérias, o que permite que o pênis se encha de sangue. Ao mesmo tempo, as veias penianas se contraem e impedem saída, resultando em uma ereção firme . Quando qualquer uma dessas etapas falha, podem ocorrer problemas de ereção – e o diabetes afeta todos eles.
Deficiência de testosterona é comum no diabetes
A testosterona está envolvida em vários aspectos da função erétil (além do desejo sexual), então não é surpresa que a deficiência de testosterona esteja associada a problemas de ereção. Mas o papel desse hormônio na disfunção erétil causada pelo diabetes é ainda mais significativo.
A deficiência de testosterona também promove obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica – condições que, por si só, estão ligadas ao diabetes e à disfunção erétil.
Homens com deficiência de testosterona são significativamente mais propensos a desenvolver diabetes, o que os coloca em maior risco de problemas de ereção. Além disso, estudos sugerem que um em cada três homens com diabetes tem um nível inadequado de testosterona.
Danos nos nervos e vasos sanguíneos
Como muitos homens sabem, você pode ter uma libido intensa e testosterona adequada, mas ainda assim ter disfunção erétil. O espírito está disposto, mas o corpo não coopera. Isto é especialmente verdadeiro para homens com diabetes.
O açúcar no sangue cronicamente elevado desencadeia processos destrutivos que prejudicam a função dos nervos e vasos sanguíneos, além de os danificarem . Com o tempo, esse dano pode levar não apenas à disfunção erétil, mas também à neuropatia, retinopatia e toda a constelação de complicações diabéticas.
A ciência prova: sexo faz bem para a saúde sim! A prática tem o poder de elevar a autoestima, aumentar a satisfação emocional e a qualidade de vida, além de fortalecer a união de um casal.
É nessa hora que nos perguntamos como um exercício tão ligado ao prazer carnal pode causar benefícios à saúde. A resposta é simples: o orgasmo está associado a descargas elétricas da região septal, no cérebro. Essa região, se estimulada, está associada a sensações de amor e afeição, e a redução de raiva e irritabilidade.
Além disso, o orgasmo aciona picos de ocitocina, que duram até cinco minutos na corrente sanguínea. Esse hormônio, liberado também na amamentação, é conhecido por promover o vínculo mãe-bebê, e por isso chamado também de hormônio da ligação, da formação do elo. No sexo, por sua forte liberação, fortalece o vínculo com o parceiro.
Quer mais razões para manter uma vida sexualmente ativa? Durante a relação sexual, como em um exercício físico moderado, há um aumento temporário do trabalho cardíaco e da pressão arterial. Isso quer dizer que a prática ajuda na proteção cardiovascular.
Durante o sexo, o corpo fabrica uma porção de substâncias, entre hormônios e neurotransmissores. Uma delas é a endorfina, a mesma que o corpo produz quando praticamos um exercício físico por alguns minutos. Essa molécula, capaz de aliviar as sensações dolorosas, é descarregada para valer no ápice da relação, o orgasmo, fazendo do sexo um remédio contra a dor.
O sexo também é um aliado no fortalecimento dos músculos e na queima de gordura, sendo possível perder de 100 a 300 calorias durante a relação, dependendo de sua intensidade. Além disso, de acordo com pesquisas recentes, fazer sexo uma ou duas vezes por semana pode ajudar a reforçar o sistema imunológico.
Ter relações sexuais frequentes também ajuda você e sua parceira a aumentar a autoestima, combater o estresse e ter uma noite mais tranquila de sono. Ou seja, os benefícios para a saúde que o sexo proporciona são inúmeros.
Quando é que o sexo deixa de ser saudável?
Pode ser difícil de acreditar, mas quando o sexo vira o centro da vida, ele pode começar a deixar de ser uma prática saudável. Isso porque, se desejado em excesso, pode atrapalhar as áreas familiar, afetiva, profissional e social, já que o saudável é sempre manter um equilíbrio. Pessoas com desejo sexual hiperativo sofrem pois não se saciam mesmo com uma alta freqüência de sexo e orgasmo. Nesse caso, terapeutas sexuais podem receitar uma medicação para o desequilíbrio químico.
O contrário também acontece. A disfunção do desejo sexual hipoativo – a baixa libido – é mais comum em mulheres, mas os homens também podem ter falta de apetite sexual. Terapia, na linha cognitiva comportamental, pode ajudar.
Existem também as disfunções sexuais específicas, quando uma fase da resposta sexual não funciona adequadamente. Dor, ejaculação precoce, falta de ereção, orgasmo ou lubrificação são exemplos. Essas disfunções podem ser tratadas, na maioria dos pacientes, até a meia-idade por terapeutas sexuais. Depois disso, os homens, por apresentarem mais problemas orgânicos, devem consultar também com urologista.
Sexo: Os brasileiros estão satisfeitos?
Embora muitas pesquisas indiquem que os brasileiros estão bem resolvidos quando o assunto é sexo, nos consultórios essa realidade é bem diferente. No geral, a população está – sim – insatisfeita.
Isso acontece pela associação de sexo com virilidade, poder, força e saúde. Quem não está bem sexualmente está também fraco em todos os outros aspectos. Isso fere o perfil dos brasileiros, preferindo então optar pelo péssimo hábito de mentir, ocultar, e de sempre querer mostrar que são os melhores.
Falar sobre sexo ainda é tabu. Por que?
Os valores interiores das pessoas não mudam tão rapidamente como os valores exteriores, isto é, as mensagens que as pessoas têm hoje, no século 21, vem de milênios, através de gerações a gerações. É absolutamente impossível mudar estes valores internos na mesma velocidade que mudam a moda, os estilos de vida, e outros fatores. A mudança sexual ocorreu no plano consciente. No plano inconsciente, as transformações ainda estão ocorrendo. Pode-se dizer que as pessoas estão liberadas apenas na “máscara”, na representação; enquanto seu “interior” ainda continua sendo colonial.
As mulheres estão evoluindo sexualmente no sentido de ter consciência do direito de usufruir prazer e bem-estar no sexo. Por isso conquistaram maior liberdade e independência sexual. Hoje, as mulheres, de modo geral, são informadas sobre as práticas sexuais. Por isso podem exercê-las de forma mais tranqüila. Elas não aceitam tão facilmente todos os mecanismos de repressão sexual que vem da própria família, da religião, da escola e do grupo social.
Independência financeira, familiar e até mesmo afetiva, em constante processo, têm colaborado para uma melhor busca e performance sexual das mulheres.
Por que o homem ainda se sente mais à vontade do que a mulher para falar sobre sexo?
A repressão feminina é histórica, vindo através de séculos e séculos. De qualquer forma, as mulheres têm avançado muito na discussão de assuntos sexuais, principalmente quando a discussão ocorre com maior profundidade e maior seriedade. Os homens continuam ainda superficiais, embora grande parte também tenha procurado desenvolver-se abordando questões sexuais com maior conhecimento e seriedade.
Para um relacionamento mais saudável e duradouro, é fundamental manter um canal de diálogo aberto com a sua parceira, e isso também envolve falar sobre sexo abertamente, fazendo com que esse assunto deixe de ser um tabu. Afinal, como você já sabe, a prática sexual traz inúmeros benefícios à saúde, tanto sua quanto de sua parceira.
Muitos homens ainda têm receio – e até mesmo vergonha – de fazer algumas perguntas ao seu médico, principalmente se estas tem relação com sexo.
Por isso, no artigo de hoje vou responder algumas das perguntas e comentários mais frequentes em meus atendimentos. Talvez alguma delas seja a sua dúvida ou o seu questionamento também!
1- “O estresse pode atrapalhar o meu desempenho na cama?”
Sim, o estresse pode atrapalhar o seu desempenho na cama.
Os principais fatores psicológicos que afetam o desejo sexual masculino são: estresse, ansiedade e depressão. A maioria dos casos de disfunções sexuais nos homens está ligada a causas orgânicas, mas muitos casos são originados por fatores psicológicos.
O estresse aumenta o fluxo sanguíneo e a frequência cardíaca, o que faz com que outras funções não prioritárias diminuam, como o sexo, por exemplo. Quando esse estresse se torna crônico, os níveis de cortisol ficam mais elevados e, consequentemente, a produção de testosterona, principal hormônio masculino, diminui. Ficar estressado leva ao cansaço e à desmotivação, que também podem interferir na disposição para ter uma relação sexual.
Ao contrário do que se pensa, a terceira idade não é a hora de parar de fazer sexo. É exatamente nesse momento que o casal pode tirar proveito da maturidade, intimidade e tempo livre que tem para usufruir do prazer que o corpo pode proporcionar aos dois.
Porém, como nessa época da vida tanto o corpo do homem quanto o corpo da mulher sofrem mudanças que desfavorecem a relação sexual, é preciso investir em alguns cuidados para que o sexo seja prazeroso em vez de doloroso e difícil.
Após os 65 anos, o homem tem seus níveis de testosterona e dopamina reduzidos, além de ter o hormônio responsável pelo bloqueio do apetite sexual aumentado. Esses fatores em conjunto podem minar a vontade do homem de ter relações sexuais, além de dificultar a ereção e diminuir a quantidade de esperma.
No corpo da mulher, as mudanças ocorrem ao longo dos anos, com a chegada da menopausa e o corpo vai se alterando pouco a pouco. A mulher na terceira idade pode sentir dor nas relações sexuais por causa das mudanças na pele. Além disso, após os 65 anos, a mulher passa a ter orgasmos diferentes, com sensações diferentes e menos intensas.
Apesar destes fatores desfavoráveis, é possível ter uma vida sexual saudável e ativa na terceira idade. Basta não ter medo de investir na obtenção do prazer a dois. Até porque, o sexo traz diversos benefícios à saúde, e na terceira idade isso nao é diferente.
3- “Doutor, masturbação ajuda ou atrapalha?”
A masturbação é uma prática comum e saudável a todos os homens. É por meio dela que começamos a nos conhecer sexualmente, uma espécie de porta de entrada no mundo do prazer sexual. Sem falar que é algo muito pessoal, e não há uma regra exata sobre como e com que frequência fazer.
Mas, a masturbação em excesso pode fazer mal a você! E os motivos não são apenas relacionados à saúde do pênis, mas existem questões sociais importantes a serem consideradas. Alguns perigos masturbação sem limites são:
MACHUCADOS
O excesso de masturbação pode prejudicar diretamente a saúde e aparência do seu pênis. Alguns homens acabam fazendo além da conta e o atrito pode machucar a região.
O VÍCIO E OS LUGARES INAPROPRIADOS
Claro que é possível ficar viciado em masturbação. A pessoa acaba criando uma necessidade de se masturbar várias vezes ao dia ou em momentos e lugares que não são apropriados para isso. Imagine alguém se masturbando no trabalho e é descoberto por algum colega ou pelo chefe. Ou no ônibus, no avião, etc. É um tema sério.
PODE ATRAPALHAR O RELACIONAMENTO
Você pode ficar condicionado a sentir prazer somente na masturbação, e não na hora do sexo com a sua parceira. Isso certamente vai atrapalhar seu relacionamento. Sua parceira não vai gostar de alguém que só consegue ter prazer sozinho ou pensando em outras pessoas.
PODE ATRAPALHAR SUA VIDA SOCIAL
Não é só o relacionamento que pode ser prejudicado por esse excesso. Sua vida social pode acabar ficando de lado para que você consiga saciar essa vontade que tem de se masturbar sempre, a toda hora.
4- “Meu desempenho no trabalho pode ser afetado pela falta de sexo?”
Pode sim. E o contrário também acontece, mas de maneira positiva. Vou explicar: pessoas que têm pelo menos um orgasmo por dia se tornam mais propensas a realizarem suas tarefas, terem melhores resultados no trabalho e subir na carreira.
Isso acontece porque o sexo desencadeia a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado aos centros de recompensa do nosso cérebro, bem como a oxitocina, um neuropeptídeo associado às relações sociais e ao apego.
Com isso, quem tem relações sexuais frequentes acaba tendo mais disposição e humor, levando a um maior envolvimento no trabalho e resultados mais satisfatórios.
5- Pornografia e dificuldade de ereção
Alguns estudos concluíram que assistir conteúdo adulto não é de todo ruim, pois serve como um estímulo para a pessoa conhecer o próprio corpo e entender o modo como consegue sentir prazer. Por outro lado, as pessoas que consomem várias horas de pornografia todos os dias tendem a desenvolver um comportamento mais compulsivo.
Quanto mais vídeos pornográficos o indivíduo assiste, menos estimulantes os conteúdos se tornam. Isso pode desenvolver um ciclo vicioso em que ele procura material cada vez mais pesado para se satisfazer, o que também vai refletir negativamente na atividade sexual.
Existem muitos relatos de homens viciados em pornografia que, ao terem a oportunidade ter relações sexuais com uma mulher, não conseguiam manter uma ereção – mesmo sentindo atração pela pessoa e estando com vontade de consumar o ato.
6- “Quanto tempo devo demorar para ejacular?”
Pode-se afirmar que o homem sofre de ejaculação precoce quando o tempo transcorrido entre o início da penetração e o seu orgasmo é muito curto. Ou seja, ele ejacula em um período muito rápido depois de penetrar a parceira.
A média para a ejaculação masculina é de dois a quatro minutos. No entanto, a média global, considerada normal, é um pouco mais alta: é de cinco minutos.
Considerando esses números, um homem que ejacula, após a penetração vaginal, em um minuto, teve uma ejaculação precoce.
Esse tempo serve como referência para os médicos especializados em saúde sexual masculina. Assim, convencionalmente, um homem que, em mais de 50% das vezes que tem relações sexuais, ejacula após um ou dois minutos depois da penetrar sua parceira, está precisando de tratamento para a disfunção.
Esses são apenas alguns dos questionamentos e comentários mais recorrentes em minhas consultas. Se você estiver com alguma dúvida ou com algum problema ou dificuldade na sua vida sexual, não pense duas vezes antes de procurar ajuda especializada.
A Pílula anticoncepcional revolucionou hábitos sexuais ao ser inserida na sociedade, na década de 60. Atualmente, elas são usadas por 214 milhões de mulheres no mundo, rendendo ao mercado farmacêutico US $18 bilhões anuais.
Mesmo após seis décadas desde o lançamento da pílula via oral, na lista dos 20 métodos contraceptivos da Organização Mundial da Saúde (OMS) só há dois deles para os homens: a camisinha e a vasectomia.
O contraceptivo mais antigo da história é a camisinha, sendo utilizada desde o ano 2.000 a.C para controlar a natalidade por meio de uma barreira física, evitando o contato entre os espermatozóides e o óvulo. Posteriormente, no século 18, introduziu-se o último método no campo masculino, a vasectomia, que interrompe o suprimento de espermatozoides ao sêmen mediante a um procedimento cirúrgico.
Foi só então, no século 20, após o avanço da pílula anticoncepcional feminina, junto com inúmeros relatos de problemas causados pelo remédio, que surgiu o questionamento sobre a criação de um medicamento equivalente ao público masculino.
Pensando nisso, uma inventora alemã criou um artefato baseado em ultrassom que promete revolucionar os métodos contraceptivos, colocando os homens como os sujeitos a serem atendidos, resolvendo uma velha crítica das mulheres, que sofrem com os efeitos colaterais de anticoncepcionais.
Rebecca Weiss ganhou o prêmio principal do James Dyson Awards por criar o COSO, um aparelho que usa ultrassom para paralisar temporariamente o movimento dos espermatozoides.
Com poucos minutos de ação e a sensação apenas de um “banho” morno, o método ainda tem a vantagem de ser indolor. O artefato é usado de tempos em tempos – com o intervalo de alguns meses – para manter a interrupção na movimentação dos espermatozoides e, por consequência, evitar que eles possam fertilizar óvulos após o sexo.
Homens também fazem reposição hormonal?
Os homens dificilmente se queixam de problemas de saúde, mesmo quando o vigor físico e o desejo sexual diminuem de uma hora para outra, a irritabilidade diante dos pequenos problemas aumenta e os pelos começam a cair sem nenhuma explicação.
Quando, por fim, decidem procurar um urologista (mais de 50% do público masculino nunca pisou num consultório desse especialista), os médicos tampouco investigam os sintomas adequadamente. Resultado: os casos de hipogonadismo, um distúrbio em que os testículos passam a produzir menos testosterona e que está presente em cerca de 15% dos homens entre 50 e 60 anos, são subdiagnosticados.
Primeiramente, é preciso saber que mais de 57% dos homens nunca ouviram falar em andropausa e 71% desconhecem seus sintomas, segundo pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O levantamento foi realizado com 3.200 homens acima de 35 anos em oito capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Curitiba).
Dr. Roni de Carvalho Fernandes, presidente da SBU, explica que a falta de informação do público masculino a respeito da própria saúde se deve ao fato de que os homens tendem a priorizar outras tarefas em detrimento da saúde. “Eles não deixam de ir apenas ao urologista, também não consultam outros médicos, não sabem se têm doenças como diabetes e pressão alta e têm um enorme preconceito em relação a exames como o toque retal, um procedimento que não dura nem 30 segundos e é importante para detecção do câncer de próstata. Sobre a queda de testosterona, então, nunca ouviram falar. As mulheres se submetem a exames muito mais delicados e invasivos desde a adolescência”, comenta.
Segundo informações da Dra. Elaine Frade Costa, médica supervisora da divisão de endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a reposição hormonal masculina é recomendada quando os níveis de testosterona estão abaixo da normalidade, isto é, menores que 230 ng/dL. Os principais sintomas da queda de testosterona são: diminuição do interesse sexual; dificuldade de ereção; falta de concentração e comprometimento da capacidade intelectual; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade; e insônia.
“Devido a um estilo de vida cada vez mais sedentário, o nível médio de testosterona nos homens vem diminuindo cada vez mais cedo. Além disso, fatores como obesidade e diabetes podem intensificar o problema”, esclarece.
Em relação à falta de diagnóstico, segundo Carlos Sacomani, doutor em urologia pela FMUSP, os médicos muitas vezes não perguntam sobre a vida sexual do paciente. “Se nós não perguntamos [sobre a vida sexual do paciente], quem irá perguntar? Falta investigação, porque o paciente raramente vai se queixar de falta de libido, de sentir menos atração pela esposa. Então, nos exames de rotina só se pede um ultrassom, um PSA. Mas não solicitam exames de sangue para analisar os níveis de testosterona, por exemplo”, relata.
O tratamento, dependendo do caso, pode durar a vida toda. Normalmente, o paciente precisa tomar uma injeção de aplicação trimestral. O medicamento também pode ser usado em forma de gel ou adesivo. Entre as contraindicações da terapia hormonal masculina está a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculino.
Lembre-se: em caso de qualquer tipo de sintomas, não deixe para depois. Procure um médico.
No artigo de hoje irei falar um pouco mais sobre o Novembro Azul e sua importância, bem como os mitos e verdades sobre o câncer de próstata.
O Novembro Azul era originalmente dedicado ao Diabetes Mellitus – dia 14 de Novembro é o dia mundial do diabetes. Neste mês, em muitos lugares do mundo instituições são iluminadas de azul, caminhadas são propostas, ações em ruas movimentadas, entre outras atividades, para que o diabetes seja mais divulgado, bem como seus modos de prevenção, diagnóstico precoce e manejos.
Com a repercussão do Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e o Instituto Lado a Lado pela Vida, iniciaram a conscientização dos homens sobre a necessidade da realização de exames de rotina e a adoção de hábitos saudáveis para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Soma-se a isso a campanha de sensibilização para o câncer da próstata – dia 17 de novembro é o dia de combate ao câncer de próstata – e outros tipos de câncer masculino, disfunção erétil, depressão masculina, a promoção do cuidado com a saúde dos homens e arrecadação de fundos para instituições filantrópicas pela Movember Worldwide Foundation, movimento originariamente criado em 2003 na Austrália.
Este movimento em específico pretende mudar a face da saúde dos homens, e por isso estimula o cultivo de bigodes durante o mês de Novembro, como forma de conscientização. É importante esclarecer que as campanhas como o Novembro Azul são ações das sociedades civis e não dos serviços públicos de saúde, que apoiam estas ações por contribuírem com o cuidado e o autocuidado da saúde da população em geral em todas as faixas etárias.
Vamos agora a alguns mitos e verdades sobre o câncer de próstata.
O câncer de próstata acabará com a minha vida sexual?
Em alguns tipos de tratamentos para o câncer de próstata, as fibras nervosas que rodeiam a próstata e controlam a capacidade de ereção podem ser afetadas. A extensão desse comprometimento depende de uma série de fatores, como localização e tamanho do tumor e do tipo de tratamento realizado.
A capacidade de recuperar o controle da função erétil também depende da idade do paciente e se já apresentava problemas de ereção antes da cirurgia. A disfunção erétil anterior à cirurgia dificilmente regride após uma cirurgia de câncer de próstata.
Muitos casos de disfunção erétil pós-tratamento podem ser acompanhados por um urologista. Converse com seu médico sobre os detalhes específicos de sua condição, incluindo as opções de tratamento e seus possíveis efeitos colaterais.
O câncer de próstata afeta apenas os homens idosos?
Embora seja verdade que o câncer de próstata é mais comum com o aumento da idade, os homens de todas as idades devem estar atentos aos fatores de risco pessoais e conversar com seus médicos para a realização de exames que permitam a detecção precoce da doença.
Aproximadamente 62% dos casos de câncer de próstata diagnosticados no mundo acometem homens com 65 anos ou mais.
Ter um PSA alto significa ter câncer de próstata?
O antígeno específico da próstata (PSA) é uma substância produzida pela glândula. Uma doença da próstata, inflamação ou trauma, podem fazer que maiores quantidades de PSA entrem na corrente sanguínea do homem.
O nível elevado de PSA no sangue tornou-se um importante marcador de muitas doenças da próstata, incluindo a hiperplasia prostática benigna, prostatite (infecção da próstata) e o câncer de próstata. Um PSA elevado não significa sempre que o câncer esteja presente, pode estar alterado devido, por exemplo, a uma infecção do trato urinário.
A decisão de realizar uma biópsia da próstata deve estar baseada não só no PSA e nos resultados do exame físico, mas deve também levar em conta outros fatores, incluindo a idade do paciente, histórico familiar, etnia, outros exames de PSA e doenças concomitantes.
Todos os casos de câncer de próstata necessitam de tratamento?
Nem todos os tipos de câncer de próstata requerem tratamento imediato. O tratamento do câncer de próstata depende da idade, do estadiamento do tumor, da quantidade de células cancerígenas no tecido da biópsia, dos sintomas apresentados e do estado de saúde geral do paciente.
Homens diagnosticados com câncer de próstata devem conversar com seu médico sobre a necessidade do tratamento. Alguns homens podem necessitar de tratamento ativo, que pode incluir: cirurgia ou radioterapia, outros são candidatos a uma vigilância ativa. A vigilância ativa é quando o médico monitora o paciente e a evolução (ou não) da doença ao longo do tempo, intervindo quando necessário.
Antes de iniciar qualquer tratamento, converse com o seu médico sobre os riscos e benefícios para que você possa tomar uma decisão informada sobre o que é melhor para você.
A vasectomia causa câncer de próstata?
Estudos antigos sugeriram que a vasectomia aumentava o risco de desenvolver câncer de próstata. No entanto, estudos mais recentes mostram que a vasectomia não é um fator de risco para o câncer de próstata.
Não apresentar nenhum sintoma significa não ter câncer de próstata?
Errado. O câncer de próstata é um dos cânceres mais assintomáticos, ou seja, nem todos os homens apresentam sintomas. Muitas vezes os sintomas podem ser confundidos ou atribuídos a outras patologias.
Os sinais de câncer de próstata são frequentemente detectados pela primeira vez durante um check-up rotineiro. Os sintomas mais comuns incluem a necessidade de urinar com frequência, dificuldade em iniciar ou interromper a micção, fluxo fraco ou interrompido ao urinar, dor ou ardor, dificuldade para ter uma ereção, ejaculação dolorosa, sangue na urina ou no sêmen, dor frequente e rigidez na parte inferior das costas, quadris ou coxas.
Se tiver qualquer um destes sintomas, não se esqueça de informar seu médico .
O câncer de próstata é um câncer de crescimento lento, por isso não devo me preocupar?
Existem diferentes tipos de câncer de próstata, alguns de crescimento muito lento e outros mais agressivos. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer na próstata, a partir dos dados do laudo do patologista, o médico tem condições de caracterizar o potencial de agressividade do tumor, fazer recomendações para o tratamento com base em vários fatores, incluindo a idade do paciente e seu estado de saúde geral.
Existem muitos tipos de tratamentos disponíveis e uma abordagem não serve para todos os casos. Os pacientes precisam entender a complexidade da doença e tomar decisões em relação a seu tratamento em conjunto com seu médico de confiança.
Não existe histórico de câncer de próstata na minha família, logo minhas chances de ter a doença são mínimas?
Errado. Apesar de um histórico familiar de câncer de próstata dobrar as chances de serem diagnosticados, 1 em cada 6 homens serão diagnosticados com câncer de próstata em sua vida. Isso se compara a 1 em cada 8 mulheres serem diagnosticadas com câncer de mama. Os homens negros são 60% mais propensos a terem câncer de próstata e possuem 2,4 vezes mais chances de morrer da doença.
No entanto, o histórico familiar e genético desempenha um papel importante nas chances de um homem desenvolver um câncer de próstata. Um homem cujo pai teve câncer de próstata é duas vezes mais propenso a desenvolver a doença. O risco é ainda maior se o câncer foi diagnosticado em um membro da família em uma idade mais jovem (menos de 55 anos), ou se isso afetou três ou mais membros da família.
O exame PSA é específico para câncer?
Não. Os exames de PSA medem os níveis do antígeno prostático específico na próstata, não o câncer. O PSA é produzido pela próstata em resposta a uma série de problemas que possam estar presentes na próstata, incluindo uma infecção ou inflamação (prostatite), o alargamento da próstata (hiperplasia benigna da próstata) ou, possivelmente, o câncer.
O exame de PSA é o primeiro passo no processo de diagnóstico para o câncer. Ele faz a detecção da doença em estágios iniciais, quando é possível ser tratada. Especialistas acreditam que o exame de PSA salva a vida de aproximadamente 1 em cada 39 homens que realizam o exame.
Um nível de PSA elevado significa ter câncer de próstata, enquanto um baixo PSA significa não ter câncer de próstata?
Embora o câncer de próstata seja uma causa frequente de níveis aumentados de PSA, alguns homens com câncer de próstata apresentam níveis baixos de PSA. O PSA também pode estar baixo em homens com excesso de peso ou obesos e uma biópsia deverá ser considerada com um valor relativamente baixo (ou seja, 3,5 em vez de 4). Mais uma vez, os níveis elevados de PSA podem ser devido a outras condições clínicas.
A atividade sexual aumenta o risco de desenvolver câncer de próstata?
Alguns estudos mostram que homens que relataram ejaculações mais frequentes tinham um risco menor de desenvolver câncer de próstata. Entretanto, a ejaculação por si só não tem sido associada ao câncer de próstata.
O câncer de próstata é contagioso?
O câncer de próstata não é uma doença infecciosa ou contagiosa. Isso significa que não há nenhuma chance da doença ser transmitida para outras pessoas.
O que os homens podem fazer sobre o câncer de próstata?
O primeiro passo para lidar eficazmente com o câncer de próstata é conhecer os fatos. Estudos recentes mostraram que decisões importantes quanto ao estilo de vida, como a manutenção de uma dieta saudável e a prática de exercício físico regular, como caminhar 30 minutos por dia, podem desempenhar um papel fundamental na redução do risco de contrair câncer de próstata e de sobreviver a ele se você tem a doença.
Converse com sua família e amigos sobre o câncer de próstata e, se tiver mais de 40 anos, fale com o seu médico e planeje um programa de rastreamento.
O câncer de próstata é comum, mas atualmente poucos homens morrem dessa doença.
O câncer de próstata é o câncer que mais afeta os homens, após o câncer de pele. Segundo estimativas do INCA foram diagnosticados 60.180 novos casos em 2013. A mortalidade no mundo por esse tipo de neoplasia apresenta um perfil ascendente semelhante ao da incidência no Brasil, embora sua magnitude seja mais baixa. No entanto, a detecção precoce pode ser um salva-vidas contra o câncer de próstata.
Meu pai teve câncer de próstata, isso significa que eu também terei a doença?
A grosso modo, se um homem tem um parente de primeiro grau (pai ou irmão) com câncer de próstata, suas chances de ter a doença duplicam. Dois familiares de primeiro grau com câncer de próstata aumentam esse risco em cinco vezes.
No entanto, nem todo mundo que tem um histórico familiar terá a doença. Mesmo assim, se existe um histórico de câncer de próstata em sua família, converse com seu médico sobre a periodicidade dos exames de PSA. E, caso seu médico seja mais agressivo e recomende a realização de biópsias, isso não significa que você definitivamente tem ou terá câncer de próstata.
Se o câncer de próstata voltar após o tratamento, significa que não haverá cura?
A recidiva do câncer de próstata pode ser do ponto de vista emocional devastador, especialmente se você já passou por exames de PSA, biópsias, diagnóstico, radioterapia e cirurgia, mas mesmo assim, a doença não tem que ser uma sentença de morte. Muitas vezes mostra que uma nova abordagem de tratamento deve ser iniciada, como a terapia hormonal ou outra terapia combinada.
Ter um PSA baixo significa não ter câncer?
Os níveis do PSA podem ser úteis no diagnóstico do câncer de próstata, mas eles são realmente apenas uma peça do quebra-cabeça. Assim como um número alto não significa necessariamente que você tenha a doença, um número baixo não significa que você não a tem.
Para ter um quadro mais completo da saúde da sua próstata, você deve realizar: o PSA, o exame de toque retal e a biópsia da próstata. O exame de toque retal permite ao seu médico examinar a próstata e determinar se existe alguma alteração fora do normal. Dependendo dos resultados, ele também pode solicitar a biópsia de modo que as células possam ser examinadas ao microscópio.
O tratamento do câncer de próstata sempre causa impotência?
De acordo com pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association, cerca de metade dos homens com boa função sexual antes do tratamento do câncer de próstata ainda terá uma boa função após o tratamento.
Entre os demais, alguns homens podem ter de moderada a grave impotência, mas a maioria tem apenas uma pequena perda da função sexual, que muitas vezes volta ao normal dentro de alguns meses a um ano após o tratamento. No entanto, a idade pode ser um fator complicador, e à medida que os homens envelhecem já têm algum comprometimento da função sexual. E o tratamento do câncer de próstata certamente não vai corrigir esse problema, mas também não é susceptível de torná-lo significativamente pior para a maioria.
O tratamento do câncer de próstata sempre causa incontinência urinária?
Assim como com a função sexual, os homens também se preocupam com a incontinência urinária como uma consequência do tratamento do câncer de próstata. Cerca de 1 em cada 5 dos homens tratados de câncer de próstata tem incontinência urinária devido ao tratamento, e os pacientes mais jovens geralmente se saem melhor ainda, de acordo com uma pesquisa publicada no British Journal of Urology International.
Se você já tem problemas de bexiga, provavelmente enfrentará incontinência urinária, que na maioria dos homens, é temporária ou tratável. Atualmente estão disponíveis melhores tratamentos para problemas de função sexual e incontinência urinária.
Buscar uma segunda opinião médica é falta de educação?
Buscar uma segunda opinião é bom senso. Você deve se sentir livre para pedir uma segunda opinião sobre seu diagnóstico, tratamento ou ambos.
O exame PSA beneficia principalmente os homens acima de 65 anos?
Apesar do PSA ser realizado principalmente em homens com mais de 65 anos, os homens que realmente se beneficiam do exame são os mais jovens. Se esses jovens levarem os resultados de seus exames a sério, fazendo a biópsia e os tratamentos, têm grandes chances de cura.
O exame de toque retal não é necessário se eu fizer o exame PSA.
O exame PSA é mais eficaz quando feito junto com o exame de toque retal.
Um aumento da próstata é um sinal de câncer de próstata?
O aumento da próstata e o câncer de próstata são diferentes. Os sintomas incluem a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, a necessidade frequente de urinar durante a noite e incontinência urinária. O aumento da próstata acontece com a maioria dos homens à medida que envelhecem e não aumenta o risco de câncer de próstata.
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